A invenção da fotografia modificou profundamente as relações que o homem mantém com o mundo dos signos, portanto, com a realidade. Nesse livro, o autor descreve a inversão conceitual introduzida pela existência do signo fotográfico, além de mostrar que a imagem fotográfica, longe de um estatuto estável, é fundamentalmente variável e múltipla.
Segundo Ronaldo Entler, este livro, juntamente com "A Ilusão Especular" de Arlindo Machado e "O Ato Fotográfico" de Philippe Dubois, formam. hoje em dia, uma trio fundamental para quem quer entender o que é fotografia. No blog Icônica ele diz: "esses três livros compõem um panorama bastante didático das posições teóricas mais evidentes desse momento. Destacando aquilo que faz da fotografia uma forma codificada de representação (um símbolo, no vocabulário peirceano), Arlindo Machado se opõe à posição assumida por autores “realistas” como Barthes. Sem negar a existência desses códigos, mas retomando Barthes, Dubois se concentra num aspecto pontual que permite à fotografia operar como “marca do real” (como o índice peirceano). Por fim, considerando parcialmente as conclusões de Dubois, Schaeffer opta por retomar, mas de modo muito cuidadoso, a velha noção da fotografia como imagem análoga ao mundo visível (como o ícone peirceano)."
Editora: Papirus