Autoretrato vendido por US$ 3,89 milhões (c) Cindy Sherman |
Cindy Sherman é uma fotógrafa e diretora de cinema norte-americana, que atualmente reside e trabalha em Nova Iorque. Sua trajetória começou através de seu interesse pelas artes visuais no Buffalo State College, onde ela começou a pintar. Frustrada com as suas limitações, ela abandonou os pincéis e voltou-se para a fotografia. "Não havia mais nada a dizer sobre a pintura", ela relembrou mais tarde. "Eu estava meticulosamente copiando a arte de outros e então eu me dei conta que eu poderia somente usar uma câmera e colocar em prática uma ideia instantânea." Ela passou o resto dos seus anos de faculdade focada na fotografia.
Seu trabalho tomou um rumo bem definido. Ela faz da arte um palco para interpretar seus infindáveis personagens. São donas de casa, secretárias, viajantes, mulheres fatais, divas, jovens indefesas, vilãs. A artista realiza retratos que encena, multifacetando-se em papéis, configurando identidades móveis, sem exibir um “eu” identificável. Na suas séries mais recentes, a artista passa a não mais comparecer nos cenários que constrói e um manequim ocupa seu lugar. Pode-se pensar que a artista empresta a memória e a história de seu corpo às figuras de plástico que se confundem com ela própria.
No dia 18 de maio de 2011, um autoretrato da fotógrafa, de 1981, foi vendido em um leilão pelo valor de US$ 3,89 milhões. A venda superou todas as expectativas e entrou para o mundo dos recordes pelo preço mais alto já pago por uma fotografia.
Nome importante na fotografia contemporânea, seus trabalhos estão atualmente expostos na mostra "Em Nome dos Artistas - Arte Norte-Americana Contemporânea na Coleção Astrup Fearnley", no prédio da Bienal, no Parque do Ibirapuera. Esta exposição mostra uma visão selecionada e fragmentada da arte contemporânea norte-americana dos últimos 30 anos. Os trabalhos de Cindy Sherman estão no 3º andar do prédio, dividindo espaço com outros artistas célebres norte-americanos que conquistaram seu lugar no mundo da arte nos anos 1980, tais como Jeff Koons, Felix Gonzalez-Torres e Richard Prince; e nos anos 1990, como Matthew Barney, Doug Aitken e Tom Sachs.
"Em Nome dos Artistas"
Bienal do Pq. Ibirapuera - São Paulo
Até dia 04/DEZ/11