segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Dicas sobre fotografia com infravermelho


Foto de Romulo Lubachesky
Como já vimos em postagens anteriores (veja tag Infravermelho), para se fazer a captura dessa faixa do espectro de luz é necessário modificar a câmera digital, ou seja, fazer uma alteração física nela.
Encontrei uma matéria assinada por Bruno Alencastro que fala justamente dessa modificação.
Ele conta que para conseguir tirar fotografias infravermelhas com uma câmera digital, o fotógrafo Romulo Lubachesky "teve que - literalmente - colocar a mão na massa".
De acordo com ele, "as imagens em infravermelho com câmara digital normalmente retratam paisagens ou objetos imóveis”; isso porque, “as câmaras comuns dificilmente permitem tempos de exposição necessários para capturar a imagem de uma pessoa ou qualquer coisa que tenha movimento”.
Depois de muito quebrar a cabeça para resolver este problema, o fotógrafo converteu sua câmera DSLR Nikon D70 numa câmara apenas para infravermelho.
O procedimento foi feito em duas etapas:

Substituição do filtro
Romulo teve que substituir o filtro Hot Mirror, que fica na frente do sensor da câmara (esse filtro já vem na câmera quando a compramos), por um filtro infravermelho, resultando em fotos sempre em infravermelho.
"Este procedimento é reversível, mas - como é necessário desmontar a câmara para fazê-lo - é melhor manter a câmara convertida”, afirma o fotógrafo.
Na sua câmera, Romulo substituiu pelo filtro Hoya R72, por ser o mais versátil.
Para ele, “este permite que uma pequena parte do espectro visível correspondente ao vermelho passe, tornando possível a captação das imagens com várias cores”.
“Usando um balanço de branco pré-definido o céu fica limpo, com uma cor castanho alaranjado e a vegetação azul claro - esta diferença é indispensável para chegar aos melhores resultados nas fotos”, completa o fotógrafo.

Ajuste do foco
Além de converter a câmara e ajustar as suas configurações, é necessário recalibrar o foco.
Isto porque “os comprimentos de onda do infravermelho têm uma refração diferente nas objetivas, fazendo com que o plano de foco fique deslocado. Este ajuste no foco deve ser feito para objetivas que serão usadas especificamente para infravermelho e normalmente muda de uma objetiva para outra”, explica Romulo. “Minha câmara D70 está calibrada para fazer autofoco com as lentes Nikkor AF 20mm f2.8 D e Nikkor AF 50mm f1.8 D. Com essas lente é possível fazer focos usando a abertura máxima apesar de ser recomendável fechar o diafragma um ou dois pontos de luz a fim de ampliar a profundidade de campo garantindo que o foco fique correto”.

Formado em Geologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Romulo Lubachesky é um dos pioneiros no Brasil na obtenção de fotografias infravermelho com câmera fotográfica digital, sendo essa sua especialidade.

Para ler esta matéria na íntegra acesse: