Charles Sanders Peirce |
Quem trabalha com fotografia artística ou com artes em geral está sempre às voltas com a semiótica. Existem cursos específicos sobre o tema e até cursos de pós-graduação, especialmente dedicados ao assunto, formando os chamados semioticistas. Mas o que é afinal essa tal de semiótica?
A enciclopédia on-line Wikipédia diz:
"A Semiótica (do grego semeiotiké ou "a arte dos sinais") ou Semiologia, nas ciências da linguagem, conforme sua origem (americana ou européia), é a ciência geral dos signos e da semiose que estuda todos os fenômenos culturais como se fossem sistemas sígnicos, isto é, sistemas de significação. Ambos os termos são derivado de "Semeion", que significa "signo", havendo desde a antiguidade uma disciplina médica chamada de "semiologia".
Mais abrangente que a linguística, a qual se restringe ao estudo dos signos linguísticos, ou seja, do sistema sígnico da linguagem verbal, esta ciência tem por objeto qualquer sistema sígnico - Artes visuais, Música, Fotografia, Cinema, Culinária, Vestuário, Gestos, Religião, Ciência, etc.
Surgiu, de forma independente, na Europa e nos EUA. Mais frequentemente, costuma-se chamar "Semiótica" à ciência geral dos signos nascidas do americano Charles Sanders Peirce e "Semiologia" à vertente européia do mesmo estudo, as quais tinham metodologia e enfoques diferenciados entre si.
Na vertente européia o signo assumia, a princípio, um caráter duplo, composto de dois planos complementares - a saber, a "forma" (ou "significante") e o "conteúdo" (ou "significado") - logo a semiologia seria uma ciência dupla que busca relacionar uma certa sintaxe (relativa à "forma") a uma semântica (relativa ao "conteúdo").
Mais complexa que a vertente européia, em seus princípios básicos, a vertente peirciana considera o signo em três dimensões, sendo o signo, para esta, "triádico". Ocupa-se do estudo do processo de significação ou representação, na natureza e na cultura, do conceito ou da idéia.
Posteriormente, teóricos europeus como Roland Barthes e Umberto Eco preferiram adotar o termo "Semiótica", em vez de "Semiologia", para a sua teoria geral dos signos, tendo, de fato, Eco se aproximado mais das concepções peircianas do que das concepções européias de origem em Saussure e no Estruturalismo de Roman Jakobson.
Origens do estudo geral dos signos
É importante dizer que o saber foi estudado, inicialmente, constituído por uma dupla face. A face semiológica (relativa ao significante) e a epistemológica (referente ao significado das palavras).
A semiótica tem, assim, a sua origem na mesma época que a filosofia e disciplinas afeitas. Da Grécia até os nossos dias tem vindo a desenvolver-se continuamente. Porém, posteriormente, há cerca de dois ou três séculos, é que se começaram a manifestar aqueles que seriam apelidados pais da semiótica (ou semiologia).
Os problemas concernentes à semiologia e à semiótica, assim, podem retroceder a pensadores como Platão e Santo Agostinho, por exemplo. Entretanto, somente no início do século XX com os trabalhos paralelos de Ferdinand de Saussure e C. S. Peirce, o estudo geral dos signos começa a adquirir autonomia e o status de ciência."
É importante dizer que o saber foi estudado, inicialmente, constituído por uma dupla face. A face semiológica (relativa ao significante) e a epistemológica (referente ao significado das palavras).
A semiótica tem, assim, a sua origem na mesma época que a filosofia e disciplinas afeitas. Da Grécia até os nossos dias tem vindo a desenvolver-se continuamente. Porém, posteriormente, há cerca de dois ou três séculos, é que se começaram a manifestar aqueles que seriam apelidados pais da semiótica (ou semiologia).
Os problemas concernentes à semiologia e à semiótica, assim, podem retroceder a pensadores como Platão e Santo Agostinho, por exemplo. Entretanto, somente no início do século XX com os trabalhos paralelos de Ferdinand de Saussure e C. S. Peirce, o estudo geral dos signos começa a adquirir autonomia e o status de ciência."
Na Wikipédia há uma descrição detalhada sobre o pensamento desenvolvido por cada teórico. Na lista estão:
- Charles Sanders Peirce (1839-1914) que, no estudo geral dos signos seria o pioneiro daquela ciência que é conhecida como "Semiótica";
- Ferdinand de Saussure (1857-1913), um outro autor, considerado pai da semiologia, a vertente européia do estudo dos signos, por ser o primeiro autor a criar essa designação e a designar o seu objeto de estudo;
- Louis Hjelmslev (1899-1965), que complexifica os conceitos utilizados por Saussure;
- Umberto Eco (1932), o mais proeminente europeu a usar o termo "Semiótica", além de ser um dos que tentaram resumir de forma mais coerente todo o conhecimento anterior, introduzindo novos conceitos relativamente aos tipos de signos que considera existir;
- Roman Jakobson, nascido em Moscou, e que, em 1896, introduziu o conceito das funções da linguagem;
- E, por fim, há Morris e Greimas, dizendo que tudo pode ser signo consoante a nossa interpretação, deixando em estado mais abrangente o conceito de signo.
Linguística e Semiologia
"A Linguística era um dos campos da Semiologia; hoje em dia, essas ciências trabalham lado a lado.
Segundo alguns autores, a semiótica nunca foi considerada parte da linguística, sendo mais natural considerar-se o contrário, posto que a língua é apenas mais um sistema de signos entre tantos. De fato, ela se desenvolveu quase exclusivamente graças ao trabalho de não-linguistas, particularmente na França, onde é frequentemente considerada uma disciplina importante. No mundo de língua inglesa, contudo, não desfruta de praticamente nenhum reconhecimento institucional.
Embora a língua seja, normalmente, considerada o caso paradigmático do sistema de signos, grande parte da pesquisa semiótica atual se concentrou na análise de domínios tão variados como os mitos, a fotografia, o cinema, a publicidade ou os meios de comunicação. A influência do conceito linguístico central de estruturalismo, que é mais uma contribuição de Saussure, levou os semioticistas a tentar interpretações estruturalistas (ver estruturalismo) num amplo leque de fenômenos. Objetos de estudo, como um filme ou uma estrutura de mitos, são encarados como textos que transmitem significados, sendo esses significados tomados como derivações da interação ordenada de elementos portadores de sentido, os signos, encaixados num sistema estruturado, de maneira parcialmente análoga aos elementos portadores de significado numa língua.
Quando deliberadamente enfatiza a natureza social dos sistemas de signos humanos, com exceção daqueles pertencentes à sua natureza, a semiótica tende a ser altamente crítica e abstrata. Nos últimos anos, porém, os semioticistas se voltam cada vez mais para o estudo da cultura popular, sendo hoje em dia comum o tratamento semiótico das novelas de televisão e da música popular."
Para ver o texto na íntegra acesse:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Semi%C3%B3tica
Para ver o texto na íntegra acesse:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Semi%C3%B3tica