quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Quer tirar fotos aéreas de São Paulo?

Jurema Oliveira

Saiu na Revista São Paulo (Jornal Folha de São Paulo) de domingo, 31/OUT/2010:
Helicóptero sobrevoa monumentos da cidade de SP a 150 m de altitude

É impressionante como anda fácil trafegar por São Paulo. Pelos ares, é claro. Lá de cima, dá quase para "tocar" nas imponentes torres e na cúpula da catedral da Sé, "tirar um fino" do gigantesco X de 138m da ponte Octavio Frias de Oliveira e ter a visão completa de estádios como o Pacaembu.
Uma nova forma de desbravar os cartões-postais paulistanos começa a seduzir um pessoal que não embarca de terno e gravata nem carrega maleta. Na mão, só a câmera.
De bermuda, boné e camiseta, quem faz esse giro de 30 minutos pela metrópole, que parece mais infinita e acelerada lá de cima, são turistas - gringos ou brasileiros - e paulistanos em geral.
Os vôos são feitos em helicópteros com três, quatro e cinco lugares, dependendo do tamanho do grupo, sem contar o piloto.
Tome seu assento - numa comparação esdrúxula, a parte da frente do helicóptero seria o equivalente à opção "com emoção" das aventuras de buggy pelas dunas do Nordeste. Coloque os fones bem "fechados". O microfone deve estar rente à boca. Tais instrumentos servirão para a comunicação entre os passageiros e o comandante da aeronave. Basicamente, entre uma fala e outra, você ouvirá só aquele chiadinho chato de rádio.
O piloto informará a rota para a cabine de solo do Campo de Marte (zona norte). Em seguida, solicitará à torre autorização para taxiar e decolar.
Como ocorre com o avião, o helicóptero segue por cerca de 500m de pista, numa altura média de 2,5 m, até o momento em que... Subiu, e com ele o friozinho na barriga.
Rapidamente, o Esquilo B2, avaliado em US$ 2,8 milhões (cerca de R$ 4,8 milhões), com autonomia de 3,5 horas de voo e com capacidade para atingir 2.400 m, ganha velocidade e altura. Chega a 230 km/h e a 150m.
Embaixo, o mundo todo começa a ficar pequenino. A lista, como tudo em São Paulo, é grande: Teatro Municipal, República, Sé, Masp, Ibirapuera, a imponência da Paulista que surge abrindo uma clareira em meio a imensidão dos prédios.
Vale aqui um registro para evitar frustrações: nem todo voo é autorizado a atravessar as pistas do aeroporto mais congestionado do país. Esse movimento depende de permissão da equipe de Congonhas. Se não houver nenhuma aeronave se aproximando ou prestes a decolar, a ação é liberada. Com isso, dá para sobrevoar ainda a região do rio Pinheiros e a do Morumbi e cruzar a ponte estaiada.
A 150m do asfalto, não seria exagero afirmar que até mesmo a 23 de Maio parece um imenso autorama, ligado nos 220v, vista lá do alto, pelo prisma do Obelisco. O caos da megalópole parece se ajeitar como numa linha de montagem. Flui que é uma beleza.
Agora, refresco é mirar, num rasante, aquele tapetão verde que se estende pela região dos Jardins rumo à comunhão com o parque Ibirapuera.
Pena que, quando o helicóptero sobe, percebe-se claramente que tudo aquilo é só um pedacinho, quase uma miragem. Bom seria se outros cantos fossem semeados.

SAIBA MAIS
TEMPO DE VIAGEM: 30m
DISTANCIA PERCORRIDA: 62km
PREÇO: R$ 400 (por passageiro; mínimo de 3)
IDADE: sem limite
LOCAL DE PARTIDA: Aeroporto Campo de Marte. Av. Olavo Fontoura, 1.078, Santana.
QUANDO VOAR: diariamente
MELHORES HORÁRIOS: das 10h às 12h, e das 16h às 18h
AERONAVES: 3 tipos (3, 4 e 5 lugares + comandante) com autonomia de 3,5 h de voo cada um
ONDE SABER MAIS: Helimarte Táxi Aéreo
Fone (11) 2221-3200

Matéria de Roberto de Oliveira.
Video de Thiago Brizola.