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Ultimamente tenho feito pesquisas sistemáticas sobre a fotografia como objeto artístico e na internet é muito fácil ter acesso a textos das mais diversas procedências.
Nessas minhas andanças on-line, me deparei recentemente com um texto de autoria de Maria Gorete Dadalto Gonçalves, professora doutora do Centro de Artes da Universidade Federal do Espírito Santo, núcleo de imagem, produção e pesquisa.
Para quem está envolvido com o fazer artístico em fotografia, a leitura desse material é obrigatória pois a tal "crítica genética" trata justamente de como nasce o objeto artístico.
Segundo o texto - intitulado "A gênese fotográfica", a autora diz que segundo "Salles (2000, p. 31) (...) A Crítica Genética utiliza-se do percurso de criação para desmontá-lo e, em seguida, colocá-lo em ação novamente. Seu objeto de estudo é o caminho percorrido [...] para chegar (ou quase sempre chegar) à obra entregue ao público."
Ou seja, um crítico genético seria aquele que vai investigar "documentos (registros materiais) do percurso – esboços, anotações, partituras – para sua organização, classificação e análise crítica. Pode-se pensar que, no processo de criação do fotógrafo, encontram-se essas marcas expressas em contatos ou copiões, cadernos, diários, layers ou camadas deixadas na memória do computador. São, muitas vezes, pequenas marcas do caminho de construção escolhido onde estarão as tendências, ações e acidentes ocorridos no percurso. Nos registros materiais, encontramos, portanto, a construção mental ou intelectual do autor/criador."
Este texto está publicado no site RUA - Revista Universitária do Audiovisual: http://www.rua.ufscar.br/site/?p=586
Na própria publicação há um link para o material em pdf.